quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Tempos globais



O inegável avanço tecnológico observado em diversos campos, especificamente o da comunicação, pode nos fornecer argumentos acerca dos principais reflexos (impactos) da mídia em nossa sociedade. Isso acontece porque as relações sociais também envolvem marcadamente relações de poder que, via de regra, têm servido como referenciais para o desenvolvimento da mídia e de orientação dos mais diversos segmentos sociais.
Voltando-nos mais para nossa realidade, onde a INTERNET ainda não atingiu a maioria da população, a qual possui como referência a televisão, podemos ter uma visão mais clara dessa “ditadura” da mídia. Os temas dos programas são impostos aos telespectadores e tratados de maneira e em tempo arbitrário. A interatividade é praticamente nula. Mesmo que nos pareça um ato de nosso inteiro controle, ao ligarmos a TV, estamos em um mundo alheio, construído por uma empresa que possui seus interesses econômicos, políticos e sociais não manifestados imediatamente. A informação é a arma mais poderosa da atualidade e seu controle se dá com o monopólio de poucas empresas.
Diante desses questionamentos o papel da escola não é tarefa fácil, e a missão do professor torna-se cada vez mais complexa, pois temos que trabalhar com o que está diante de nós: o jornal, o rádio, os programas de televisão. Mas temos de saber que tudo o que nos apresentam é fruto de uma vontade de alguém. É papel do professor levantar certos questionamentos e estar sempre bem informado, e por dentro das novas tecnologias. Sem essa análise, fica difícil mantermos nossa liberdade diante da comunicação. Não podemos ser simples receptores, temos de reagir sempre, buscar novas versões do fato.
Portanto, esses novos tempos que batem a porta da escola são um constante desafio para qualquer educador do século XXI. Somente na crítica ativa e consciente do que nos é proposto é possível manter certa liberdade e autonomia para sermos sujeitos de nossa história, e não apenas repetidores ou servidores de outros.

IONARA SOUSA –
(PROFESSORA DE GEOGRAFIA DA EEFM ALFREDO NUNES DE MELO)

Um comentário:

ALFREDO NUNES disse...

seu texto está muito bom. Boa a associação que fazes entre globalização, educação e aprendizagem.